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Pequenos grandes nadas que me vao acontecendo...
Limpas a lágrima que te foi oferecida mas que não foi desejada e recusas o espelho que um dia te mostrou a limpidez do olhar já perdido.
Penduras na alma a insensatez das palavras que ainda te ecoam anunciando o fim e chegas à conclusão de que não tens força para acordares.
Não tens vontade de te misturares com o mundo que te espera atrás da porta, ainda fechada.
Sentas-te em silêncio, na cama e tapas os ouvidos para não escutares os pensamentos que te visitam, apesar de não os quereres para ti.
Estes pensamentos não são meus – dizes-te baixinho, não vão eles acordar também as angústias, o insensato, as verdades, as mentiras e as omissões, que guardas nessa caixa que te recusas a abrir.
Depois, e porque é urgente a vida, apesar de ser ingrata e desordeira, sacodes a tua existência e retomas a normalidade que te é exigida todos os dias, pelos outros.
Quando chegas à rua, és tão mentirosa, que até o dia acredita que és feliz...
*Ana Fonseca da Luz*
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