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Pequenos grandes nadas que me vao acontecendo...
“Sinto falta do teu cheiro…
Da tua respiração…
Sinto o teu toque sem me tocares.
Recordo as palavras, os olhares, os silêncios…
Sinto-te aqui e não te consigo deixar ir…”
Existe um momento em que alguém nos marca.
Um momento em que tudo pára e se transforma.
Um momento onde a magia realmente acontece!
Chamam-lhe Paixão…
Mas, e quando o tempo passa e tudo permanece? Ainda é Paixão?
Chamo-lhe Amor…
O Amor, talvez seja isto: um pensamento presente, uma imagem que permanece, um sorriso que se esboça ao lembrar, um sonho acordado que surge, uma lágrima de saudade, uns pingos de chuva de verdade, um cheirinho a castanhas, um sabor a cerejas, uma flor que se cuida, um perfume que não desaparece, um abraço imaginado que aperta, um suspiro que arrepia…
Talvez seja isto, o Amor!
E quando esse momento é negado ou quebrado, como se segue em frente?
Como se deixa ir alguém que nos marca?
Como se deixa ir um Amor?
Muitas vezes ouço: “Não era o destino! Se tiver que ser, voltaremos a nos encontrar! É a vida…”
Não sei se isso do destino existe, acredito sim, que as nossas escolhas, certas ou erradas, decidem o nosso destino!
Está em nós a capacidade de agarrar a vida que queremos! Mesmo com medo, devemos ir…
Como se deixa ir alguém que se Ama?
“Devagar. É preciso esquecer devagar. Se uma pessoa tenta esquecer-se de repente, a outra pode ficar-lhe para sempre. (…) Quem procura evitar o luto,
prolonga-o no tempo e desonra-o na alma. A saudade é uma dor que pode passar depois de devidamente doída, devidamente honrada. É uma dor que é preciso aceitar, primeiro, aceitar.
É preciso aceitar esta mágoa esta moinha, que nos despedaça o coração e que nos mói mesmo e que nos dá cabo do juízo. É preciso aceitar o amor e a morte, a separação e a tristeza, a falta de lógica, a falta de justiça, a falta de solução.
Dizem-nos, para esquecer, para ocupar a cabeça, para trabalhar mais, para distrair a vista, para nos divertirmos mais, mas quanto mais conseguimos fugir, mais temos mais tarde de enfrentar. Fica tudo à nossa espera. Acumula-se-nos tudo na alma, fica tudo desarrumado.
O esquecimento não tem arte. Os momentos de esquecimento, conseguidos com grande custo, com comprimidos e amigos e livros e copos, pagam-se depois em condoídas lembranças a dobrar.
Para esquecer é preciso deixar correr o coração, de lembrança em lembrança, na esperança de ele se cansar.”
MEC
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