Algumas abrem as janelas e deixam-nos ver logo as pessoas que são. Deixam-se ver. Outras não, entreabrem-nas apenas e vão deixando espreitar.
Algumas fecham-se, outras não conseguem voltar a fechar-se. Sim, como casas. Nelas mora aquilo de que cuidam, aquilo que amam.
Nas casas das pessoas que amam a poesia, as cortinas balançam. E balançam mais quando estão fechadas e não entra vento, nem frio nem quente, nem brisa nem uivo.
Na casa das pessoas que amam poesia, as cortinas não precisam de vento para balouçar.
Tudo se move, tudo está em movimento, tudo se agita como as águas das cascatas, porque há uma nascente inicial que atravessa os tempos e dá de beber às almas sedentas de Vida, sem nunca lhes matar a sede.
Super adorei o teu texto e concordo plenamente!! Realmente,as pessoas são mesmo como as casas,é uma metáfora muito verdadeira!! Muito boa noite de segunda-feira para ti,muitos beijinhos e até breve!!