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A linha que separa o Medo..e o Pânico!

Para refletir!

por Calimero, em 15.09.20

Eu que ando com este drama ca dentro, e com o coração apertado pelos meus filhos, deparei-me com este excerto dum artigo que foi publicado justamente aqui no portal SAPO 24 o que foi partilhado por uma grande amiga e que me prendeu a atenção !

UMA COISA É O MEDO, QUE NOS PROTEGE, OUTRA COISA É O PÂNICO, QUE NOS DESORGANIZA COMPLETAMENTE"Paulo Oom

"As notícias, aqui, têm muita importância. Estar todos os dias a dizer: "morreu um de Covid", "morreram três de Covid", "morreram seis de Covid", cria pânico. Não sei até que ponto não é proposital, porque em Portugal morrem em média 250 a 300 pessoas por dia. Qual é o interesse em saber que morreram dois de Covid, geralmente doentes com comorbidade? Se fossem dois mil a morrer de Covid percebo que fosse notícia. Não sei se a necessidade de dar a notícia não é, de algum modo, uma tentativa para criar medo, porque o medo leva a que as pessoas cumpram mais as regras", admite o pediatra.Só que a diferença entre medo e pânico é grande: "Uma coisa é o medo, que nos protege, outra coisa é o pânico, que nos desorganiza completamente", afirma. "E, a certa altura, estas notícias, sobretudo junto dos mais vulneráveis, não criam medo, criam pânico. Ao criarem pânico já não estão a fazer aquilo que devem. Esta distinção é muito importante", considera.Albino Oliveira-Maia, investigador em neurociência, explica: "Do ponto de vista psicológico, o medo não é apenas em relação à saúde da criança, é também da criança enquanto veículo de transmissão. O medo é uma experiência muito visceral e a expressão cognitiva do medo pode não ser o reflexo exato dos motivos pelo qual o medo ocorre. Podemos sentir medo e, posteriormente, construir o motivo pelo qual o sentimos. O motivo pelo qual os pais têm medo é centrado na existência do medo e não na lógica dos argumentos. Numa abordagem frequente na psicoterapia, nomeadamente na psicoterapia cognitiva ou comportamental, há circunstâncias em que o medo não se deve desconstruir, porque é adaptativo, protege-nos. E um dos problemas em relação à situação atual é que, em última análise, ninguém tem uma certeza muito concreta daquilo que é totalmente certo ou totalmente errado e as pessoas têm tido acesso a isso porque as opiniões dos peritos têm mudado em relação a muitas coisas (seis meses é muito pouco tempo para conhecer o comportamento de uma doença). Morrem muito poucas crianças com esta infeção e aquelas que morrem tipicamente são as que têm alguma doença grave subjacente. Mas isto é uma coisa nova, os médicos não sabem muito, os epidemiologistas parece que andam muitas vezes às aranhas, acontecem coisas inesperadas à direita e à esquerda. Portanto, até que ponto posso ter a certeza de que dentro de dez ou quinze ou vinte anos o facto de eu, o meu filho ou alguém da minha família ter sido infetado não virá a trazer uma consequência terrível? Isto é um esforço meu no sentido de fazer uma construção cognitiva por trás daquilo que a incerteza traz".

Dias tão estranhos e dificies estes que atravesso!

 

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17 comentários

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Robinson Kanes a 15.09.2020

Não deixes de viver e adapta-te à realidade, é simples. :-)
Vai chegar a altura em que nem que morram 300 por dia, vai ser apenas nota de rodapé :-)
"No worries", com os devidos cuidados, é só continuar a viver.
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Calimero a 15.09.2020

Sempre importante irmos lendo outras opiniões que não so as noticas toxicas que as vezes já nos tiram a sanidade mental
Beijinho Kanes!
Obrigada pela visita


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MJP a 15.09.2020

Partilho da opinião deste investigador...
Dia Feliz, Querida!
Beijinhos
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Calimero a 15.09.2020

Outro olhar sabes? As vezes e importante!

Beijinhos querida!
Dia feliz
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Luísa de Sousa a 15.09.2020

Concordo e subscrevo a opinião do investigador
Excelente artigo Querida
Beijinhos
Feliz Dia
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Calimero a 15.09.2020

Achei muito pertinente e saudavelmente bem analisado!
beijinhos querida!
Dia feliz
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cheia a 15.09.2020

Não vale a pena desesperar. O principal é fazer tudo para proteger a saúde.
Boa noite
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/i. a 16.09.2020

É preciso grande ginástica mental para não paralisarmos na angustia sem fim. Que em muitos os casos parece ser esse o objectivo. Não é erro demonstrar esta insegurança, pelo contrário. Temos de nos ajudar uns aos outros para não se cair no desespero da lavagem cerebral que se tem vivido nos últimos meses.
Beijinhos
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Calimero a 16.09.2020

Tao verdade isso!
Sabes, agora estou numa fase, que qd saio de casa so penso no dia de hoje,,e saio com esta angustia:E se amanha já não puder sair? Por mim, pelos meus? pela empresa?

Isto e terrivel eu sei! Mas e isto que sinto!
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/i. a 16.09.2020

Vai ser uma fase. Falar sobre o que sente já é meio caminho andado para exorcizar os medos e as angústias e é natural estar assim pois está consciente que é preciso manter as nossas medidas de segurança que achamos que pode adiar contrair a infecção.
Olhe já me aconteceu as pessoas estarem a olhar para mim espantadas porque fiz o seguinte: tirei um toalhete daqueles humedecidos e limpei a caixa automática da CGD. Antes desta crise após utilizar este tipo de serviços limpava as mãos. Agora... e as pessoas acham que só acontece aos outros mas, não. E a sua angústia tem muita razão de ser. Agora tem é descontrair e fazer aquilo que pode colocá-la em segurança.
Beijinhos
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Sandra a 17.09.2020

O que dizer? Foi muito bom teres partilhado este artigo! Eu concordo... muitos beijinhos minha amiga muito querida, força 🙏🌷🌼

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