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Pequenos grandes nadas que me vao acontecendo...
Um dia de cada vez...
Ainda não desisti das coisas que toda a gente me diz que são impossíveis de alcançar.
Não por serem coisas que custem muito dinheiro (que eu não tenho) mas sim, pelo simples facto, de serem coisas breves de tão eternas que são.
O cheio a alfazema do colo da minha avó, os serões à lareira, com o gato preguiçosamente deitado no meu colo, que todas as noites queimava o rabo, deixando no ar um cheio que nos fazia rir, os filmes a preto e branco que os meus olhos viam a cores, e as primeiras sensações de solidão, de alegria, de medo e de eterna liberdade.
Ainda não desisti de ser correcta, humilde e uma sonhadora crónica.
Continuo a detestar a vulgaridade, a injustiça, a maldade e as pessoas que desconhecem o significado destas três palavras: vulgaridade, injustiça e maldade.
Ainda não desisti nem de mim, nem das pessoas que me desiludem, porque tenho a certeza que também eu já desiludi alguém. (Mea Culpa!)
Ainda não desisti de muita gente, nem de ser Gente...
(A.F.Luz)
Atravessarmo-nos até ao outro lado de nós, onde já estamos e nos esperamos sem saber o que esperar de nós, mas sabendo que lá chegaremos, que não nos faltaremos no que de nós sempre resta. Que nos chegaremos, que nos bastaremos, e que isso chega para respirarmos dia a dia, o dia que vem e tudo o que vai. Respirar até um dia - e pode ser mesmo só um dia - o dia nos respirar e a vida nos encher os pulmões da alma que sabemos que sente, que foi feita para sentir, e isso nada nos tira, pode adormecer, pode até adoecer, mas o que é verdadeiramente nosso não se perde, nem nos podem roubar. Mesmo que nos roubem o chão que nos enxuga as lágrimas, as lágrimas são nossas, o sorriso que as seca também, como a alma que nos habita e não nos morre. A alma é o que somos, é o nosso último reduto, a nossa essência, o que fica quando tudo o que pode ir vai, quando nada mais nos acresce além de nós. E há dias em que nos basta para aceitar o dia e agasalhar as noites. Sabermos quem somos. Mesmo que nos pareça pouco, nos pareça pequeno, nos pareça frágil. Mesmo que não consigamos ver em nós o que nos vêem.
Nos dias em que não se acredita, aceitar. O que vier, e o que não vier também.
(imagem retirada da net)
Trabalho nesta empresa vai fazer este ano em Julho 35 anos!!!!
Felizmente para mim, desempenhei e passei por varias funções embora algumas tivesse estado 17 anos seguidos!
Mudei ha cerca de 4 anos para novas funções, estas onde estou agora..!!!
Ja me reformava, simplesmente porque e violento este desgaste de tantos anos..Passei e passo mais tempo que em casa(familia, amigos. filhos etc..)
Sempre quis e ambicionei fazer voluntariado, mas agora nesta fase que ainda estou de mente saudavel(acho eu..!!!) e de com faculdades razoaveis de saude..
Sinto-me sufucada nesta rotina, vontade de abraçar outros projectos, outras pessoas..
Quem esta sentado as secretárias nao tem noção quando dita a idade da reforma..Não deveria ser por um numero , mas qd as pessoas sentissem que era a altura de o fazer...
É isto...!!!
Bom fim de semana a todos!
Gosto de gente sem filtros. De gargalhada solta. De sorriso fácil. Gosto de gente que te faz sentir gente. Gosto de pessoas que não se escondem atrás de palavras, que se medem nas suas atitudes.
(imagem retirada da net)
num mundo ( muito ) particular* (re·cu·pe·rar)
Fôlego e Fé verbo transitivo readquirir forças, energia e alegria. restaurar. consertar. continuar depois de uma interrupção. *o verbo que se cola à minha vida nas tantas vezes. a quase urgência de virar a página e de deixar para trás tudo o que pesa. o mantra interiorizado - sei que não vai durar para sempre. como tudo, tudo é uma questão de tempo. e quem passa por tempestades não se esquece da bonança. o que se perde nos dias em que andamos perdidos, não é verdadeiramente perder. nunca se perde o que nunca foi nosso. nunca corri para apanhar um comboio. quando os perco, sei que nenhum era o meu.
#as novenomeublogue
Hoje em dia ja não sou tão severa com os meus defeitos. As rugas que surgem, misturam-se com as lembranças, com tudo o que vivi, com o que o tempo foi deixando em mim. As imperfeições não me incomodam mais, pelo menos não da forma tão pungente quanto antes. Acostumei-me com as marcas da vida, aceitei, redescobri-me ... Dizem que as mulheres maduras alcançam essa maturidade na autoimagem. Eu chamo essa maturidade de paz na alma, uma paz que invade os espaços onde permiti, finalmente, o amor próprio florir. O amor próprio para algumas pessoas, como eu, só mesmo com o passar do tempo torna-se possível. Sou tudo o que vivi, chorei, amei, venci, perdi, tudo o que doeu, tudo o que me fez feliz. Sou as marcas, as imperfeições. Não há mais porque me esconder. Algumas pessoas podem dizer que tudo mudou porque envelheci... Eu prefiro dizer que renasci...
Sujei a cozinha Cortei as maçãs, fiz um monte de cascas na bancada. Derreti a manteiga, juntei canela, açúcar e farinha. A casa está em silêncio. Estou sozinha. Choveu o dia todo. Acendi velas para vestir a casa de outono. Liguei a batedeira e misturei tudo. Vou acumulando loiça suja, há farinha que caiu no chão por descuido ou entusiasmo, e o cheiro a canela casa perfeitamente com o sabor da maçã. A cozinha suja testemunha o prazer que descobri na elaboração deste bolo. É mais uma forma de cuidar, de transbordar amor e poder materializá-lo usando farinha, manteiga e açucar. E forno, não esquecer o forno. Permite incubar os sabores que trazem conforto e paz. Sujei a cozinha e ficou tudo num reboliço. Olhei para trás quando terminei e fui assolada por uma sensação de conquista de um novo território. A cozinha suja ganha contornos de palco de teatro depois do fim do espetáculo, cheia de memórias que nos fizeram crescer a alma. O dia continuou chuvoso, acolho o sentimento de estar em mim e comigo, de saber da presença constante dos que amo, mas ter como tempo sagrado este em que me encontro sozinha. Sento-me no sofá e fico à espera que o bolo coza. Aconchego-me na ideia de que este momento é sagrado. Medito e reflito sobre a sorte que me acompanha. Estou rodeada pelo cheiro de maçã e canela que chega à sala, e pela perspetiva de ter encontrado mais um terreno seguro, a cozinha. Suja, claro. A felicidade tem esta característica enigmática, precisa que nos disponhamos a remexer nos ingredientes que queremos ver levedar. Precisa que sujemos a cozinha. É sinal de vida, sinal de amor. ❣️ Por. por. escrito
Chora por aquilo que perdeste, tens todo o direito a isso. Chora pelos amores que se foram, pelas amizades que ficaram pelo caminho. Chora por quem partiu antes de ti, tens todo o direito à tristeza. Chora pelo teu cansaço, pelas tuas doenças e pelas doenças dos que amas, é um direito teu, mas depois lembra-te dos bons momentos que passaste com eles e agradece. Lembra-te dos momentos alegres, das gargalhadas, dos ensinamentos, das loucuras, revive-os e alegra-te, são teus, ninguém tos tira. Lembra-te que ainda estás cá, ainda tens algo a fazer. Agradece pelo dia de hoje e pela diferença que podes fazer na vida de alguém. Faz com que o dia de hoje valha a pena. Faz algo por ti, algo que te preencha por dentro. Tu mereces fazer alguma coisa por ti, pela tua alegria, pela tua felicidade. Diz a quem amas, que os amas. Demonstra. Olha para o lado e vê a beleza do que te rodeia. Pensa em formas de alegrares alguém. A vida é o momento presente. Vive-o, aproveita-o, agradece por ele. (Ana Silvestre)
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