Ainda te lembrarás de mim, ou guardas apenas as imagens do que nunca fui?
Saudades do que não vivi?
Lamentos do que não tive?
Ouvir-me-ás no silêncio na noite,
Na espera do dia ou no segredo dos meus sonhos quando chamo por ti?
Quererás matar a curiosidade do resultado final daquilo que ambos inventámos?
Sentirás ainda os meus olhos roubando o teu sorriso sem querer, fugindo com ele, p'ra longe dos olhares de quem nos vê e beijá-lo as vezes que eu quiser?
Saberás tu procurar o meu rosto nos lugares onde existo, encontrar-me no meio da multidão?
Dantes, tinha esperança que sim, que me sentisses à noite, dando-te a mão em segredo, mas tu optaste p'lo refúgio... partiste e foram-se os beijos que te "dei", de tudo o que já te declarei, ficando apenas a recordação do que só eu interpreto, como se tudo o que já fora escrito estivesse destinado a ser assim...
Agora, os dias vão passando, como folhas de um caderno em branco, que se desfolha sozinho com o vento, mostrando apenas que o que fica é o que sinto..."
Os amigos a sério são aqueles que nos levam a sério.
Os amigos que nos levam a sério estão sempre a brincar connosco e a pregar-nos partidas, mas não nos partem o coração nem brincam com os nossos sentimentos.
Os amigos a sério sabem brincar. Saber brincar é levar as pessoas a sério.
Os amigos a sério riem-se connosco e às vezes deles e outras vezes de nós, mas nunca fazem pouco das nossas fragilidades e das nossas lágrimas.
Quando nos acontece alguma coisa que nos faz sofrer, os amigos a sério não acham piada. Sofrem connosco.
Não nos dizem que sabem o que estamos a sentir, porque sabem que não sabem.
Os amigos a sério sabem que a dor de cada um é a dor de cada um. Sabem que a dor é pessoal e intransmissível.
Os amigos a sério sabem que dizer-nos que sabem o que estamos a sentir só aumenta a nossa dor porque a diminui.
Nós não queremos ouvir essas palavras quando estamos em sofrimento.
Por isso, os amigos a sério não as dizem.
Abraçam-nos com força e perguntam-nos como nos podem ajudar e o que podem fazer por nós.