Quem realmente importa!
As outras pessoas não fazem parte da nossa vida,!
É isto que realmente importa!
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As outras pessoas não fazem parte da nossa vida,!
É isto que realmente importa!
Sei que preciso deixar-te ir... Sei que, às vezes, o que pensamos ser para nós, nem sempre o é.
Não sei o que fazer com os abraços que ficaram por te dar, com os beijos que nunca te darei. Não sei o que fazer ao sentimento e onde guarda-lo para que me doa menos.
Não sei como me conformar com a tua ausência, mas sei que preciso dela para seguir em frente.
Continuo a olhar para o telefone à espera daquela chamada que não vai chegar, continuo à espera de te olhar no fundo desses olhos e ver neles o que agora ainda não consigo.
Sei que preciso deixar-te ir. Por ti e por mim.
Sei que não faremos nada juntos e as palavras que dissemos, assim como os sonhos que sonhamos, se esfumaram no ar.
Mas tenho saudades... Tantas saudades...desse conforto bonito de saber que ao final do dia estás aí.
Saudades de ouvir a tua voz e de nela encontrar o alento que, por vezes, me foi faltando.
Tenho saudades do que projectei contigo e não farei.
Saudades dos encontros que não tivemos e das coisas que não chegaram a acontecer.
E assalta-me o pensamento a ideia de que talvez tenhamos desistido demasiado depressa...
De que, talvez, estejamos apenas em negação por ser bom demais...
Porque o medo nos consome e nos tira a vontade de experienciar o que poderia ter sido tão bonito!
Gosto de quem diz "bom dia", "boa noite", "desculpa", "tenho saudades" e "gosto e ti".
De quem diz "hoje não, mas amanhã sim" e de quem não promete fazer, mas promete tentar.
E isto!
E isto!
Limpas a lágrima que te foi oferecida mas que não foi desejada e recusas o espelho que um dia te mostrou a limpidez do olhar já perdido.
Penduras na alma a insensatez das palavras que ainda te ecoam anunciando o fim e chegas à conclusão de que não tens força para acordares.
Não tens vontade de te misturares com o mundo que te espera atrás da porta, ainda fechada.
Sentas-te em silêncio, na cama e tapas os ouvidos para não escutares os pensamentos que te visitam, apesar de não os quereres para ti.
Estes pensamentos não são meus – dizes-te baixinho, não vão eles acordar também as angústias, o insensato, as verdades, as mentiras e as omissões, que guardas nessa caixa que te recusas a abrir.
Depois, e porque é urgente a vida, apesar de ser ingrata e desordeira, sacodes a tua existência e retomas a normalidade que te é exigida todos os dias, pelos outros.
Quando chegas à rua, és tão mentirosa, que até o dia acredita que és feliz...
*Ana Fonseca da Luz*