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Diario de Bordo

Pequenos grandes nadas que me vao acontecendo...

Diario de Bordo

Pequenos grandes nadas que me vao acontecendo...

Qua | 23.12.20

Palavras

Calimero

Busco palavras nos versos

inacabados,
algumas frases despidas que me vistam
com a poesia do amor.
 
Descrevo sentimentos que encontrei
no (des)encontro d'uma vida
feita apenas de rimas imperfeitas
em que fiquei preenchida
com todas as emoções desfeitas
e até com as despedidas antecipadas
de amores que não tive tempo de viver.
 
E é nessas palavras que busco
o meu refúgio
um caminho longo, por percorrer
para assim ter tempo de escrever
toda a história de um ser
a quem só o amor dá guarida.
 
Serão palavras sem sentido
Dores (con)sentidas
onde busco saídas para este passado
onde o ontem se perdeu
nos braços de quem nasceu
para (sobre)viver às dores
d'uma vida parida
e d'um destino por inventar.
 
@angela caboz
 

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Ter | 22.12.20

Sobre a coragem!!!

Calimero

Fácil é repetir.

Fácil é substituir.

Fácil é desistir quando o desafio é medonho. 

Coragem é outra coisa.
É difícil.
 
É teres de enfrentar a vida, mesmo quando as sombras dos teus medos e inseguranças forem bem maiores do que a tua confiança. 
 
Coragem é definires que, apesar de um fim de um dia de lutas, de resiliência, de derrotas, de falhas, de desilusões, de impotência, continuas ainda assim determinado em voltar a tentar de novo.
 
Amanhã, novamente. As vezes que forem precisas insistir para acertar, para garantir a harmonia, a tranquilidade e mais entusiasmo para viver. 
Coragem é confiar que há escolhas e passagens na vida que fazem parte.
É dar a dimensão exacta aos sonhos perdidos.
 
É nunca perder a ambição de sonhar tudo de novo, outros sonhos, outra vivência, outra vida, aquela que tens o dever de te oferecer- dias de paz .
 
Sob a Minha Pena

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Seg | 21.12.20

LEVEZA

Calimero
 
Ficou mais leve quando descobri que não preciso (e não consigo) ser forte o tempo todo.
Que não há problema nenhum em pedir ajuda quando é necessário.
Que há dias em que eu não tenho a mínima ideia de como dar o próximo passo e isso não me diminui em nada. 
 
Ficou mais leve quando descobri que, por mais que eu esteja atenta, por melhores que sejam minhas intenções, aqui e ali eu vou falhar; às vezes, com quem mais amo. 
 
Ficou mais leve quando descobri que posso ficar à vontade no mundo, sem me sentir tão estrangeira, mesmo, boa parte das vezes, não agindo como a maioria, não gostando das mesmas coisas, e tendo jeitos diferentes de olhar para a vida.
 
Ficou mais leve quando descobri que posso me perdoar, mesmo que o outro não possa.
 
Que assumir pra si mesmo as próprias vulnerabilidades é um gesto de amor.
Que às vezes não dá pra ter coragem, só dá pra ter fé.
Que todos têm medo, ainda que se consiga disfarçar, e está tudo bem.
 
Ficou mais leve quando descobri que tão bom quanto ser amado é amar alguém.
 
Que as minhas prioridades são sim relacionadas ao amor.
 
Que a expressão é fundamental.
 
Que quanto menos eu tenho certezas mais livre eu me sinto.
 
Que quanto mais serenidade eu encontro com mais alegria eu vivo.
 
——————Ana Jácomo ————
 

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Sab | 19.12.20

Palavras que dizem muito do que sinto..

Calimero

 

Houve um tempo em quis esquecer as palavras para não ter de falar. Achei-me de um momento para o outro só e pouco entendido. Culpei todos sem exceção da vida que vivia. Maldisse outros por não estarem presentes. Ignorei outros ainda por não compreenderem o significado do meu sofrimento. Foi apenas quando constatei que me defendia da rejeição que me dei o direito de parar para ser ajudado. O mais difícil para quem se desresponsabiliza pela sua vida é ter consciência dos seus erros. Falta lucidez e tempo para fazer as perguntas sem fugir às respostas. Falta vontade para olhar nos olhos dos nossos demónios e invocar anjos que desconhecemos. Falta a coragem necessária para recomeçar uma vida que já vai a meio. Falta tudo porque julgamo-nos de repente dignos de quase nada.

JMTeixeira

Sex | 04.12.20

Sou tudo isto!

E todos dos dias ainda mais!

Calimero

Não quero ser a mais perfeita das mulheres. Nem sequer quero andar lá perto.

Quero ser exatamente aquilo que sou. Com manias, umas mais suportáveis, outras menos.

Quero continuar a soltar umas asneiras e a rir alto. Quando tiver motivos para o fazer!

Quero, dentro das minhas imperfeições e, algumas são enormes, continuar este caminho de não agradar a todos.

Não me incomoda isso, pelo contrário. Deve ser uma chatice quando todo o mundo gosta de nós.

Deve ser um aborrecimento viver dentro das redomas do politicamente correto. Não sou. Não vou ser e não me esforço nem um pouco para isso. E ao longo do caminho vou coleccionando gente que me admira pela forma como me expresso e não alimento muito aquilo o que os outros pensam...

Mas vou coleccionando também uns "ódios de estimação"... Que me divertem, às vezes. Pela falta de argumentos, pelo veneno na ponta da língua, pelo desejo que têm de ser um bocadinho menos ovelhas, mas que não conseguem sair desse registo. Mas admiro a capacidade que têm de perder tempo comigo. De me apontarem o dedo, de me chamarem em extremo "revolucionária"... E aqui entre nós, sou mesmo. 

O que essas pessoas não sabem é que tudo em mim é genuíno, nada fingido... O sangue na guelra, o coração junto da boca, as emoções à flor da pele.
 
Tudo isso é meu.
 
Não é ensaiado, não faz parte de uma performance teatral.
 
Sou eu, enquanto gente. No bem e no mal. Para dizer "gosto muito ou sai de perto de mim!".
 
Tudo o que eu acredito eu vou atrás, eu defendo.
 
E se no final, os outros não gostarem... não quero saber. Porque eu não sou os outros.
 
Não são eles nem o que pensam que me definem.
 
E quanto mais falam... Mais eu gosto de mim!
 
 
(Nao sei quem escreveu isto, mas estou aqui,,,por inteiro)